CURSO ONLINE

Cinema Brasileiro no Auge
Anos 60 e 70

Com Sérgio Alpendre


É anos 1960 que o cinema brasileiro atinge uma espécie de ápice, após a queda das chanchadas e um clamor para um cinema mais inventivo e em sintonia com o que vinha da Europa e do Japão.

O cinema novo é gestado lentamente nos anos 1950 para explodir em fúria e politização nos anos 1960. Durante essa década, o cinema novo se radicaliza por um lado e se domestica por outro, abrindo uma brecha por onde o cinema marginal poderia entrar.


O cinema marginal entrou com pé na porta com sua estética do terceiro mundo, a força de invenção acima de qualquer outra coisa. Sganzerla, Mojica, Bressane e Candeias, entre muitos outros, começaram a fazer filmes com pouco dinheiro e muita paixão.



Como o japonês, o francês e o italiano, o cinema brasileiro viveu duas fases de uma modernidade arrojada e confrontadora, em sintonia com outras cinematografias da América Latina.

Ao mesmo tempo, os cineastas envelheciam e amadureciam. Seus anseios clamavam por um cinema incentivado pelo estado. A Embrafilme surge como polo de distribuição e, logo depois, produção, alavancando o cinema brasileiro também nas bilheterias, sem abandonar a verve inventiva que sempre caracterizou seus melhores filmes.

 

Aqui vai um resumo dos oito encontros, com menções a alguns dos muitos filmes que serão mencionados e estudados.

Como a filmografia brasileira é muito rica, sobretudo nesse período, é bem provável que alguns filmes mudem de ordem conforme os encontros nos levarem, e obviamente muitos filmes que não foram mencionados aqui terão algum espaço no curso.




Programa:

06/10 - Aula 1:

NASCE O CINEMA NOVO (1955-1963)
- Em busca do realismo: José Carlos Burle, Nelson Pereira dos Santos (nos anos 1950) e Roberto Santos preparam o caminho para o cinema novo.

- Glauber Rocha e Paul Cezar Saraceni entram no jogo, Nelson Pereira continua com um estouro: Vidas Secas.

- o cinema baiano e as beiradas do cinema novo.


13/10 - Aula 2:

CRESCE O CINEMA NOVO (1964-1966)

- novo estouro: Deus e o Diabo na Terra do Sol.

- Dois Hugos em caminhos paralelos: o caso Walter Hugo Khouri e o caso Carlos Hugo Christensen.

- um cinema rural: Os Fuzis, O Padre e a Moça, A Hora e a Vez de Augusto Matraga.

- a urbanidade em filmes de 1965: A Falecida, São Paulo S/a, O Desafio...


20/10 - Aula 3: 

CINEMA NOVO DOMESTICADO OU RADICALIZADO (1967-1970)

- terceiro estouro: Terra em Transe.

- os filmes radicais que vieram na esteira de Glauber dentro do cinema novo: Pindorama, Brasil Anos 2000, Os Herdeiros...

- Saraceni paz e amor: A Garota de Ipanema.

- poesia pura: O Menino e o Vento, Viagem ao Fim do Mundo, O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro.

- engajamento: O Caso dos Irmãos Naves.


27/10 - Aula 4: 

MARGINAL, UDIGRUDI OU DE INVENÇÃO? (1967-1974)

- o genial Ozualdo Candeias: A Margem, Meu Nome é Tonho, A Herança, .

- Rogério Sganzerla começa sua revolução.

- Júlio Bressane começa sua curtição.

- desponta José Mojica Marins.


03/11 - Aula 5:

CINEMA DA AUDÁCIA (1970-1972)

- Sganzerla e Bressane na Belair.

- Andrea Tonacci e seu Bang Bang.

- Luiz Rosemberg Filho chega para quebrar estruturas.

- Geraldo Veloso: da crítica à realização.


10/11 - Aula 6: 

CINEMA DA AUDÁCIA (1970-1972)

- Reginaldo Faria e Pedro Carlos Rovai nas comédias eróticas.

- Glauber no exílio.

- quarto estouro do cinema novo: São Bernardo.

- Carlos Manga e seu O Marginal.

- Os Inconfidentes e Amuleto de Ogum: os cineastas rebeldes fazem cinema de arte.


17/11 - Aula 7: 

CINEMA NOVO OFICIALIZADO E NOVOS AVENTUREIROS (1975-1980)

- os fenômenos de bilheteria: Xica da Silva, Dona Flor e seus Dois Maridos, A Dama do Lotação.

- oficializado pero no mucho: A Lira do Delirio.

- Walter Hugo Khouri em forma no seu caminho paralelo.

- Ana Carolina, a maior de nossas cineastas.



24/11 - Aula 8:

A BOCA DO LIXO PAULISTANA (1976-1983)

- erótico politizado: Carlos Reichenbach.

- erótico poetizado: Jean Garrett.

- erótico psicanalizado: Walter Hugo Khouri.

- outros diretores que passaram pela boca.


Sérgio Alpendre 

Sérgio Alpendre é crítico, professor e pesquisador. Escreve na Folha de São Paulo e no site Leitura Fílmica. Pós-doutorando na PUC-RS.


Cursos anteriores realizados no

Escola no Cinema:


Akira Kurosawa

Fritz Lang – entre a Europa e a América

História do cinema de horror americano

Vincente Minnelli - Risos e Lágrimas

A grande casa de Fassbinder

Andrei Tarkovski

Jerry Lewis e a comédia americana moderna

Cinema brasileiro – dos anos 1980 até hoje

O melhor do cinema americano dos anos 1980

Panorama do Filme Noir

Howard Hawks – 1926-1970

John Ford – o diretor dos diretores

4 Diretoras Modernas

O filme de gangsters moderno

Oficina de crítica cinematográfica (com Inácio Araújo)

O cinema de Mizoguchi

Pensando a crítica de cinema

A Nouvelle Vague Francesa

As mil imagens de Brian de Palma

Nova Hollywood - o cinema americano dos anos 60 e 70

Panorama do cinema japonês I e II


Informações

Local:

Online


Período

06 de outubro a 24 de novembro de 2025


Horário

Segundas-feiras, das 19h às 21h30 


Carga horária

20h horas em 8 encontros


Dúvidas

contatoescolanocinema@gmail.com


Investimento

R$400,00 (à vista)

R$360,00 (desconto de 10%, para pagto até 25/09)



Vagas

30 pessoas (mínimo de 15 para a realização do curso)

Após o terceiro curso, realizado no Escola no Cinema, desconto de 20% para pagamento à vista:

R$320,00


Sócios do Clube do Professor, desconto de 35% para pagamento à vista:

R$260,00


Aula avulsa:

R$ 100,00


* A inscrição será confirmada após o pagamento.


** Se você é professor, aproveite e cadastre-se já para obter o desconto no próximo curso.


*** Dia 06/10  – Aula inaugural cada aluno inscrito poderá trazer um convidado


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