Romântico Selvagem
É difícil resistir ao cinema de François Truffaut. Ao contrário da obra de Godard, seu duplo e antípoda na Nouvelle Vague francesa, a filmografia de Truffaut parece doce, sedutora, fácil.
O curso “François Truffaut: Romântico Selvagem” propõe percorrer os temas recorrentes da filmografia do cultuado diretor francês a partir de suas tensões para desequilibrar esta interpretação dominante.
A infância, a inspiração literária e a paixão amorosa são tópicos que se revezam em seu percurso.
Todas as vezes que filmou crianças, no entanto, o cineasta ressaltou aspectos como o sentimento de exclusão, de inadequação, de amargura, longe da convencional associação da infância com a inocência.
Apaixonado por livros, sem ostentar erudição, Truffaut manteve um diálogo fértil com a literatura. Adaptou desde títulos considerados “literatura barata” até grandes autores, como Henry James. Mas o ataque ao verniz literário das adaptações, que ele fez em seu artigo mais ruidoso, exige a releitura de sua apropriação dos textos literários.
A intensidade das histórias de amor que ele filmou de “Jules e Jim” a “A Mulher do Lado” sempre atraíram o público sentimental. A paixão segundo Truffaut, porém, é impossível ou destrutiva, seus amantes são fantasmas, traidores, instáveis.
A partir destes três conjuntos temáticos, “François Truffaut: Romântico Selvagem” visa revolver uma obra considerada tranquila para recuperar sua turbulência.
François, o pivete
A marca rebelde de Truffaut na existência e na crítica.
André Bazin, figura tutelar. “Uma Certa Tendência do Cinema Francês” e a obra a vir.
Enfants terribles
Crianças sem inocência. Imagens da infância em Jean Vigo e Roberto Rossellini
Filmes: “Os Pivetes”, “Os Incompreendidos” e ‘Na Idade da Inocência”
Filme: “O Garoto Selvagem”
O cinema como arte romanesca.
Antoine Doinel, personagem de folhetim.
Filmes: “O Amor aos 20 Anos”, “Beijos Proibidos”, “Domicílio Conjugal” e “O Amor em Fuga”
O cineasta que amava livros. A literatura como inspiração.
Filmes: “Jules e Jim”, “Fahrenheit 451”, “Duas Inglesas e o Amor”
“O Quarto Verde”
Entre Hitchcock e o “noir”. O longo diálogo de Truffaut com o “mestre do suspense” e com a literatura policial.
Filmes: “Atirem no Pianista”, “A Sereia do Mississipi”, “A Noiva Estava de Preto”, “Uma Jovem Tão Bela Como Eu” e “De Repente num Domingo”
Filme: “A Noite Americana”
A outra face da felicidade. Paixões selvagens e amores inconstantes.
Filmes: “Um Só Pecado”, “A História de Adèle H.”, “O Homem que Amava as Mulheres”, “A Mulher do Lado”
Filme: “O Último Metrô”
Cássio Starling Carlos é mestre em Multimeios pela Unicamp, crítico de cinema da revista Carta Capital e pesquisador de história do audiovisual.
Organizou e editou as coleções Cine Europeu, Charles Chaplin, Grandes Diretores do Cinema, entre outras, publicadas pela Folha de S. Paulo.
É editor do blog e da newsletter
filmedodia.com.
23 de setembro a 30 de outubro de 2021
Quintas-feiras, das 19h às 22h
30 horas em 10 encontros
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